10/04/2025
Por Cimbaju.com.br / Alan Corrêa
Veja como funciona e por que pode causar problemas.
Tudo começa com uma ideia genial das montadoras: substituir a corrente de comando por uma correia dentada banhada a óleo, mais silenciosa, eficiente e com promessa de longa vida útil.
A correia trabalha submersa no óleo do motor, reduzindo atrito e ajudando a economizar combustível. Mas, como tudo no motor, exige manutenção precisa e óleo com a especificação exata.
A GM, a Ford e a Stellantis adotaram o sistema em larga escala desde 2014, nos motores pequenos e modernos. O objetivo era cortar emissões sem sacrificar desempenho urbano.
Na teoria, ela pode durar até 240 mil km. Na prática, a falta de cuidados faz a correia se desgastar antes da hora, soltar resíduos e entupir o sistema de lubrificação do motor.
Quando isso acontece, o estrago é caro. A correia danifica polias, canais de óleo e pode até travar o motor. Tudo isso porque alguém economizou na revisão ou no lubrificante.
A GM oferece garantia estendida, mas só se o dono seguir à risca o plano de manutenção e usar o óleo homologado. Fora disso, a fábrica lava as mãos e a conta vai para o dono.
Nos seminovos, o histórico de revisão virou fator decisivo. Carros sem registros ou vindos de locadora perdem valor, pois ninguém quer correr o risco de uma quebra silenciosa.
No fim, o sistema funciona bem, mas não tolera erro. Com a correia banhada a óleo, não existe improviso: ou você faz tudo certo ou descobre do pior jeito que motor não perdoa.