iFood: É obrigatório o entregador subir no apartamento?

Com o aumento da demanda por entregas, surge a questão: o entregador tem ou não que subir até o apartamento? A recomendação do iFood é que o entregador entregue o pedido no primeiro ponto de contato na residência do cliente, que geralmente é a portaria de um prédio. Isso é feito para agilizar a entrega e demonstrar respeito ao trabalho do entregador, que precisa finalizar uma entrega antes de iniciar outra. No entanto, descer para buscar o pedido na portaria também é uma forma de respeitar o trabalho do entregador e trazer mais segurança para todos, especialmente se o entregador não puder estacionar facilmente sua bike ou moto na rua.
Publicado em Tecnologia dia 7/03/2024 por Alan Corrêa

É obrigatório o entregador do iFood subir no apartamento? Não, você deve ir receber na portaria. Os aplicativos de delivery se tornaram parte integrante da rotina de muitas pessoas, surge a necessidade de refletir sobre a forma como recebemos nossos pedidos, especialmente em prédios e condomínios.

Segundo o vice-presidente de estratégias e finanças do iFood, Diego Barreto, a recomendação é clara: a obrigação do entregador é entregar o pedido no primeiro ponto de contato na residência do cliente. Em muitos casos, esse ponto é a portaria do prédio. Essa prática não apenas agiliza o processo de entrega, mas também demonstra respeito pelo trabalho do entregador, que só pode iniciar uma nova entrega após finalizar a atual.

Receber entregas com respeito é essencial. Descer para buscar seu pedido mostra consideração pelo entregador.
Receber entregas com respeito é essencial. Descer para buscar seu pedido mostra consideração pelo entregador.

No entanto, descer para buscar o pedido na portaria é uma atitude que vai além da recomendação. É uma forma de demonstrar consideração pelo entregador, especialmente em situações em que ele não pode estacionar facilmente sua bike ou moto na rua. Além disso, essa prática contribui para a segurança de todos os envolvidos, evitando aglomerações e facilitando o fluxo de entrada e saída do prédio.

Para tornar a experiência de entrega ainda mais positiva, o iFood destaca algumas outras atitudes que os clientes podem adotar:

  • Não deixar o entregador esperando: Acompanhar a entrega pelo aplicativo e se preparar para receber o pedido sem atrasos.
  • Informar corretamente o código de entrega: Essa medida de segurança é fundamental para garantir que o pedido seja entregue ao cliente correto.
  • Cumprimentar e agradecer ao entregador: Pequenos gestos de gentileza fazem toda a diferença e contribuem para um ambiente mais amigável e colaborativo.
  • Avaliar positivamente o serviço: Reconhecer e valorizar o bom trabalho do entregador através da avaliação no aplicativo.
Desça para Buscar seu Pedido: A Gentileza que Faz a Diferença e Garante a Segurança de Todos
Desça para Buscar seu Pedido: A Gentileza que Faz a Diferença e Garante a Segurança de Todos

Respeitar e considerar o trabalho dos entregadores vai além de simplesmente receber um pedido. É uma questão de ética, gentileza e responsabilidade social. Desça para buscar seu pedido, valorize o trabalho dos entregadores e contribua para uma experiência de entrega mais segura e positiva para todos.

“Clientes nos confundem com garçons”, reclama entregador.

O iFood recomenda que o entregador deixe o pedido na portaria do prédio. É uma forma de agilizar a entrega.
O iFood recomenda que o entregador deixe o pedido na portaria do prédio. É uma forma de agilizar a entrega.

A rotina dos entregadores de aplicativos nas maiores cidades do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo, é marcada por dificuldades. Este cenário foi recentemente evidenciado pelo caso do entregador da plataforma iFood, Nilton do Rio de Janeiro.

O desentendimento entre Nilton e o cliente, identificado como cabo R., ocorreu devido à exigência deste último para que o pedido fosse entregue diretamente na porta de sua residência. O cabo da PM se apresentou a uma delegacia e foi liberado após prestar depoimento. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, com a Corregedoria da PM abrindo um procedimento interno.

O iFood, por sua vez, enfatiza que os entregadores não têm obrigação de realizar entregas dentro das residências, devendo estas serem feitas no primeiro ponto de contato, como o portão da residência ou a portaria do condomínio. Tatiane Alves, gerente de Impacto Social do iFood, condenou veementemente o ocorrido e afirmou que a empresa está em contato com a família de Nilton, oferecendo todo tipo de apoio e acompanhando de perto o desenrolar do caso.

“Espero que o caso não fique impune e que o Nilton se recupere muito em breve. Vamos acompanhar de perto esse caso”, afirma.

Rafael Simões, entregador na cidade de Niterói, também compartilha a percepção de desrespeito por parte dos clientes, destacando que muitos confundem os entregadores com garçons, exigindo que entreguem os pedidos diretamente nos apartamentos. Ele ressalta que esta prática não é obrigatória e frequentemente resulta em situações desagradáveis, levando os entregadores a subir até os apartamentos para evitar problemas.

“O cliente acha que é obrigação [entregar no andar]. O cliente está confundindo entregador com garçom. Nós não somos garçons”, reclama Rafael.

O caso de Nilton Ramon de Oliveira evidencia não apenas a necessidade de conscientização por parte dos clientes, mas também a urgência de políticas de segurança mais robustas por parte das empresas de entrega, visando proteger a integridade física e emocional dos trabalhadores que desempenham um papel fundamental na economia digital.

*Com informações do iFood, Fusne, Techdoido e AgênciaBrasil.