Os veículos modernos não são apenas máquinas mecânicas; eles são também sistemas computadorizados avançados.
Cada carro pode ter dezenas de sistemas de computadores internos, conhecidos como ECUs (Unidades de Controle Eletrônico), que controlam tudo desde o motor e a transmissão até sistemas de segurança como airbags e controle de estabilidade.
À medida que os carros se tornam mais conectados através de tecnologias como Wi-Fi, Bluetooth e redes celulares, eles também se tornam vulneráveis a ataques cibernéticos. Tais ataques podem variar desde invasões à privacidade, como acessar dados pessoais dos usuários, até questões mais graves como tomar controle do veículo remotamente.
Um dos maiores desafios é garantir que todos os componentes do veículo sejam seguros, dada a complexidade e a interconectividade dos sistemas modernos. Além disso, à medida que carros autônomos se tornam uma realidade, a segurança cibernética se torna ainda mais crítica, pois um ataque bem-sucedido poderia não apenas roubar dados, mas também colocar vidas em risco.
A segurança cibernética em veículos modernos é um campo crucial e em rápida evolução, abrangendo desde a proteção de dados pessoais até a segurança operacional dos veículos. As práticas recomendadas, padrões emergentes e regulamentos estão moldando como a indústria automotiva aborda a segurança cibernética ao longo do ciclo de vida de um veículo.
A segurança cibernética em veículos é tratada através de várias práticas e padrões. A NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration) dos Estados Unidos oferece um conjunto de práticas recomendadas para melhorar a cibersegurança dos veículos modernos. Essas práticas são projetadas para orientar a indústria automotiva na implementação de medidas de segurança robustas e adaptativas que podem proteger tanto os dados quanto a operação física dos veículos contra ameaças cibernéticas.
Os padrões internacionais como ISO/SAE 21434 são cruciais para estabelecer uma base comum para a engenharia de segurança cibernética em veículos. Estes padrões detalham requisitos organizacionais, procedimentais e técnicos ao longo de todo o ciclo de vida do veículo, desde o desenvolvimento até a produção e o pós-venda. Esses padrões não só melhoram a segurança dos veículos mas também ajudam na conformidade com as regulamentações globais, garantindo um acesso ao mercado mais seguro e regulamentado.
Além dos padrões, há regulamentos emergentes que definem requisitos mínimos para a segurança cibernética em veículos. Por exemplo, o Fórum Mundial para a Harmonização de Regulamentos sobre Veículos da UNECE tem implementado novos regulamentos que afetam a segurança cibernética e as atualizações de software em veículos, garantindo que essas práticas sejam uma exigência não negociável para a aprovação e venda de novos tipos de veículos em mais de 60 países.
A indústria automotiva está passando por uma mudança paradigmática, onde a cibersegurança está se tornando uma nova dimensão da qualidade. As empresas automotivas estão integrando medidas de segurança cibernética em todo o processo de desenvolvimento, desde a especificação até o teste e integração. Isso exige novas habilidades e talentos, além de uma cultura de segurança robusta entre os fabricantes de equipamentos originais (OEMs) e seus fornecedores.
Para mais detalhes sobre as práticas recomendadas e padrões emergentes na segurança cibernética automotiva, você pode consultar os recursos fornecidos pela NHTSA sobre melhores práticas de cibersegurança segurança veículos modernos clicando aqui.
NHTSA, que significa National Highway Traffic Safety Administration, é a principal agência reguladora de segurança viária dos Estados Unidos. Recentemente, a agência anunciou que o Tesla Model X recebeu a classificação de SUV mais seguro do mundo.
Esses recursos fornecem uma visão abrangente sobre como a segurança cibernética está sendo abordada atualmente na indústria automotiva e o que isso significa para o futuro da mobilidade e segurança dos veículos.
*Com informações de Olhar Digital.