O Renault Duster é um SUV que atrai consumidores pela proposta de robustez e versatilidade, combinando espaço interno amplo e altura elevada. Projetado para encarar tanto o trânsito urbano quanto terrenos acidentados, o modelo se consolidou como uma opção popular no mercado. No entanto, como qualquer veículo, ele não está imune a desafios mecânicos e estruturais, o que gera debates entre os proprietários e especialistas automotivos.
Pontos Principais:
Problemas como falhas na transmissão CVT, vazamentos prematuros nos amortecedores dianteiros e o alto custo de manutenção fora da garantia são pontos frequentemente levantados por consumidores. Essas questões afetam não apenas o desempenho do carro, mas também a experiência do proprietário no longo prazo, impactando diretamente o valor de revenda e a confiabilidade percebida do modelo.
Para entender melhor os desafios e qualidades do Renault Duster, este artigo traz uma análise detalhada dos principais problemas relatados, das características técnicas do SUV e do que os consumidores podem esperar ao adquirir esse veículo. O objetivo é oferecer uma visão completa e imparcial, baseada em informações concretas e relatos de usuários.
O Renault Duster se destaca entre os SUVs compactos por suas dimensões generosas e proposta de um carro funcional para diversas situações. Com um comprimento de 4,38 metros, largura de 1,83 metros e altura de 1,69 metros, o modelo proporciona espaço interno amplo e um porta-malas de 475 litros, um dos maiores da categoria.
A altura livre do solo, de 23,7 cm, é um dos pontos positivos do Duster, permitindo que o veículo encare obstáculos urbanos, como lombadas e buracos, além de apresentar um bom desempenho em estradas de terra. A distância entre-eixos de 2,67 metros também contribui para o conforto dos passageiros, garantindo espaço adequado para pernas e bagagem.
Na parte mecânica, o Duster oferece duas opções de motorização: um motor 1.6 aspirado de 120 cv e 16,2 kgfm de torque e um motor 1.3 turbo de 170 cv e 27,5 kgfm de torque. Essa última versão se destaca pelo desempenho mais eficiente, sendo uma escolha para quem busca mais potência e torque em situações como ultrapassagens e estradas sinuosas.
Um dos pontos mais criticados pelos proprietários do Renault Duster é o câmbio CVT, que apresenta trancos, engasgos e ruídos anormais. Esse problema ocorre principalmente em acelerações mais bruscas e durante o uso prolongado do veículo, comprometendo a experiência de condução.
Há relatos de consumidores que enfrentaram falhas severas na transmissão, levando à necessidade de reboque do veículo. Em alguns casos, o câmbio CVT apresentou defeitos com menos de 50.000 km rodados, exigindo substituição completa. O custo para esse reparo pode ultrapassar R$ 19.000, tornando-se uma preocupação para quem adquire o modelo fora da garantia.
Embora alguns clientes tenham conseguido reparos dentro do período de cobertura da Renault, não há registros de um recall oficial ou de mudanças estruturais para solucionar o problema. Isso levanta dúvidas sobre a durabilidade da transmissão, especialmente para quem pretende manter o carro por muitos anos.
Outro problema frequente no Renault Duster é o vazamento precoce dos amortecedores dianteiros. Muitos proprietários relatam que essa falha ocorre com baixa quilometragem, o que exige substituições mais frequentes do que o esperado.
Durante revisões de rotina, há casos em que consumidores foram informados sobre a necessidade de trocar os amortecedores, mesmo sem sinais perceptíveis de desgaste excessivo. A justificativa da Renault é que se trata de um componente de desgaste natural, o que exclui a substituição da cobertura da garantia.
Os custos para a troca dos amortecedores dianteiros podem ultrapassar R$ 1.900, dependendo da região e da concessionária. Essa despesa inesperada gera frustração entre os proprietários, que esperam uma maior durabilidade do sistema de suspensão.
Além dos problemas mecânicos, o Renault Duster também enfrenta desafios relacionados à manutenção e ao custo das peças de reposição. Fora da garantia, a substituição de itens essenciais, como câmbio e amortecedores, pode representar um alto investimento.
Outro fator apontado pelos consumidores é a dificuldade na reposição de peças originais em algumas localidades. Isso pode aumentar o tempo de espera para consertos e encarecer a manutenção do veículo, tornando o custo total de propriedade mais elevado do que o esperado.
Embora a Renault ofereça pacotes de revisão programada e garantia estendida, muitos consumidores relatam que os valores cobrados para reparos fora desse escopo são altos, o que impacta a decisão de manter o veículo a longo prazo.
O Renault Duster se mantém como uma opção de SUV acessível, oferecendo espaço interno amplo, boa altura em relação ao solo e uma motorização adequada para diferentes perfis de uso. Seu porta-malas generoso e a suspensão elevada são atrativos para quem busca um carro com mais versatilidade.
No entanto, os problemas relatados com o câmbio CVT e os amortecedores dianteiros levantam preocupações sobre a durabilidade e o custo de manutenção do modelo. A falta de uma posição oficial da Renault sobre essas questões também gera incertezas para os consumidores.
Para quem considera adquirir um Renault Duster, é recomendável avaliar cuidadosamente os relatos dos proprietários e verificar as condições da garantia oferecida pela fabricante. Além disso, é importante calcular os custos potenciais de manutenção e reparos, para evitar surpresas no futuro.
Fonte: Carro.Blog.Br, ReclameAqui (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10), IstoÉ, AutoEsporte e OAntagonista.