Por que falam mal do Renegade? SUV está caindo nas vendas

Apesar de proporcionar uma experiência de condução precisa e confortável, o Renegade tem enfrentado críticas relacionadas ao barulho do motor e ao consumo de combustível, dois aspectos que persistem como desafios a serem vencidos. Essas questões têm sido alvo de atenção constante. Ademais, os valores dos modelos sofreram um aumento notável, distanciando o Renegade do segmento de veículos mais acessíveis.
Publicado em Carros dia 9/12/2023 por Alan Corrêa

O Jeep Renegade, um dos modelos proeminentes no segmento de SUVs compactos, passou por uma trajetória marcante desde sua estreia em 2015. Inicialmente posicionado como a porta de entrada para a renomada marca no mercado brasileiro, o veículo enfrentou desafios recentes que questionam sua posição dominante.

A história do Renegade está intrinsecamente ligada à estratégia da Jeep em oferecer uma opção mais acessível para os consumidores, preenchendo uma lacuna dentro de sua linha de produtos. Contudo, após quatro anos no mercado, alterações estéticas foram implementadas, embora a mecânica tenha permanecido com os motores 1.8 aspirado de 139 cavalos e 2.0 Turbo Diesel de 170 cavalos nas configurações 4×4.

O desafio persiste para o Renegade: o motor ruidoso e o consumo elevado são pontos de atenção, apesar de sua performance.
O desafio persiste para o Renegade: o motor ruidoso e o consumo elevado são pontos de atenção, apesar de sua performance.

O cenário mudou significativamente em 2022 com a implementação do programa PROCON L7 pelo governo federal, resultando na reformulação completa do catálogo do Renegade. As motorizações anteriores deram lugar a um motor 1.3 turboflex, conferindo ao veículo 185 cavalos de potência e 27,5 kgfm de torque. Esta transição não apenas impactou o desempenho, mas também atendeu às novas diretrizes de emissões.

Visualmente, o Renegade passou por sutis modificações, desde a frente com para-choque prolongado e faróis redondos com uma nova configuração, até o design das lanternas traseiras, conferindo um toque de modernidade.

Internamente, o espaço traseiro do Renegade pode ser um ponto de discussão para os mais altos, devido ao entre eixos menor na categoria. No entanto, o conforto da altura e ajustes de bancos, juntamente com uma lista de equipamentos que incluem desde airbags até assistentes de condução avançados, posicionam-no bem no mercado.

No que tange ao desempenho, o novo motor proporciona agilidade, mas vem acompanhado de um ruído considerável. O consumo de combustível, embora melhorado, ainda é um ponto fraco do Renegade, registrando 11 km/l na cidade e 12,8 km/l na estrada com gasolina.

Os preços do Renegade tiveram um acréscimo considerável, saindo de uma faixa de valor anterior para uma nova, o que influenciou nas quedas de vendas. Entre janeiro e outubro de 2023, foram vendidas pouco menos de 40.000 unidades, colocando-o na sétima posição entre os SUVs compactos.

Enquanto aguardamos uma possível nova geração, é evidente que o SUV enfrenta desafios para recuperar sua liderança no mercado. Comentários e opiniões sobre o Renegade são bem-vindos, e é válido questionar se vale a pena optar por ele ou explorar outras opções da concorrência.

Apesar de oferecer uma dirigibilidade precisa e confortável, o Renegade tem sido alvo de críticas relacionadas ao ruído do motor e ao consumo de combustível, questões que continuam sendo desafios a serem superados. Além disso, os preços experimentaram um aumento notável, afastando-o do segmento de modelos mais acessíveis.

Diante de uma competição cada vez mais acirrada no mercado de SUVs compactos, especulações sobre uma possível nova geração do Renegade permanecem presentes. No entanto, para o consumidor, a análise criteriosa sobre o desempenho, design e relação custo-benefício permanece como um ponto crucial na decisão de compra.

*Com informações do AutoEsporte, Terra, Veja e QuatroRodas.