A Toyota enfrentou uma das maiores crises de sua operação no Brasil após uma tempestade atingir a cidade de Porto Feliz, interior de São Paulo, no fim de setembro. Os ventos intensos arrancaram o telhado da fábrica de motores da montadora, inundando setores inteiros e paralisando a produção. A planta é responsável por fornecer motores aos modelos nacionais, incluindo o aguardado Yaris Cross, que estava prestes a ser lançado no mercado.
Pontos Principais:
O impacto foi imediato. Com a produção interrompida, as unidades de Sorocaba e Indaiatuba, onde são montados veículos da marca, precisaram reduzir drasticamente o ritmo de trabalho. A Toyota chegou a adotar um plano de layoff temporário para parte dos funcionários, enquanto avaliava os danos estruturais e buscava alternativas para retomar a operação.

A previsão inicial era de que o Yaris Cross, SUV compacto baseado na plataforma TNGA, fosse lançado no Brasil em outubro de 2025. O modelo seria o novo concorrente de Honda HR-V, Nissan Kicks e VW T-Cross, com destaque para versões híbridas e motorização flex nacional. Com o desastre em Porto Feliz, no entanto, o cronograma foi suspenso e o lançamento adiado para 2026.
Para evitar uma paralisação total, a montadora estuda importar motores e componentes de outras fábricas da América do Sul e da Ásia. Essa solução emergencial permitiria manter parte da produção de modelos como Corolla e Corolla Cross, mas não é suficiente para viabilizar o início da linha do Yaris Cross neste momento.
Segundo informações da imprensa internacional, a Toyota prevê um retorno gradual da produção a partir de novembro, ainda de forma limitada. As perdas materiais foram significativas, e o restabelecimento completo da planta pode levar meses. A reconstrução exige investimentos em infraestrutura e maquinário, o que afeta diretamente os planos de novos lançamentos.
O atraso do Yaris Cross tem reflexos estratégicos no mercado brasileiro. A Toyota pretendia ampliar sua presença no segmento de SUVs compactos, hoje dominado por rivais nacionais e chineses. O adiamento abre espaço para concorrentes consolidarem suas posições e lança incertezas sobre o cronograma de futuras versões híbridas nacionais.
Enquanto isso, concessionárias e clientes aguardam novas informações. A Toyota não definiu uma data oficial para o lançamento, mas a expectativa interna é de que o SUV chegue apenas quando a produção de motores estiver completamente normalizada. Até lá, a marca tentará minimizar o impacto com ajustes na linha de montagem e reforço de importações.
Fonte: Carro.Blog.Br, Automotiveworld e Finance.