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Honda CG 160 Lidera a Lista das 10 Motos Mais Visadas em São Paulo

A empresa registrou um aumento de 22,7% nos roubos e furtos de motos na Grande São Paulo em 2023, totalizando 31.995 casos. Os dados contrastam com os da SSP-SP, que apontam queda nos crimes envolvendo veículos. São Paulo, Osasco e Santo André lideram em ocorrências. Motos de até 500 cc são as mais visadas, com destaque para a Honda CG 160 e Yamaha XTZ 250 Lander. A situação exige medidas preventivas eficazes e maior atenção das autoridades.
Publicado em Notícias dia 3/06/2024 por Alan Corrêa

O levantamento realizado pela empresa de rastreamento Ituran revelou um aumento significativo nos roubos e furtos de motocicletas na Grande São Paulo. Entre janeiro e dezembro de 2023, foram registrados 31.995 casos, um aumento de 22,7% em comparação com o ano anterior, quando foram reportados 26.069 ocorrências. Esses dados destacam uma tendência crescente na criminalidade envolvendo motocicletas na região.

A discrepância entre os números apresentados e os dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) chama a atenção. Enquanto a empresa aponta um aumento nos casos específicos de motos, a SSP-SP reporta uma queda geral nos roubos e furtos de veículos no estado. Segundo a secretaria, houve uma redução de 10,2% nos roubos e de 2,5% nos furtos de veículos em 2023. Em São Paulo, esses índices caíram 9,1% e 2,6%, respectivamente, e na Grande São Paulo, 15,1% e 4,4%.

Estes dados mostram que a maioria dos crimes aconteceu na cidade de São Paulo, que teve um aumento de 26,7% nos roubos e furtos de motos em relação a 2022. Osasco e Santo André também registraram crescimentos significativos nas ocorrências, com aumentos de 30,4% e 16,4%, respectivamente. Esses números indicam uma concentração dos crimes em áreas urbanas densamente povoadas.

O estudo também revelou os bairros mais afetados pela criminalidade

O Tatuapé, na zona leste da capital, continua sendo o mais perigoso para os motociclistas, apesar de uma redução de 9% nas ocorrências. Em contrapartida, a Vila Mariana, na zona sul, registrou um aumento de 40,3% nos roubos e furtos de motos, enquanto Santo Amaro, também na zona sul, teve um aumento de 2,6%.

As motos de baixa cilindrada, até 500 cc, foram as mais visadas pelos criminosos, representando cerca de 90% do mercado e somando 28.538 casos de roubos e furtos em 2023. Esse segmento específico registrou um aumento de 23,4% nas ocorrências. Esse dado reflete a maior presença desses modelos nas ruas e a preferência dos criminosos por esses veículos.

Entre os modelos mais roubados, a Honda CG 160 lidera a lista, seguida por outros modelos populares como Yamaha Fazer 250, Honda CG 150 e Honda CBX 250 Twister. A Yamaha XTZ 250 Lander destacou-se pelo aumento expressivo no número de ocorrências, passando de 647 casos em 2022 para 1119 em 2023. Esse aumento reflete a vulnerabilidade desses modelos diante da criminalidade.

A crescente incidência de roubos e furtos de motos na Grande São Paulo levanta a necessidade de medidas preventivas mais eficazes e uma maior atenção das autoridades para proteger os motociclistas. A diferença entre os dados apresentados pela Ituran e a SSP-SP sugere a importância de análises detalhadas e específicas para entender plenamente a situação e desenvolver estratégias de combate ao crime mais eficientes.

Lista de Motos Mais Roubadas

  1. Honda CG 160: 9.481 casos
  2. Yamaha Fazer 250: 1.825 casos
  3. Honda CG 150: 1.669 casos
  4. Honda CBX 250 Twister: 1.355 casos
  5. Honda PCX 150: 1.333 casos
  6. Honda CG 125: 1.259 casos
  7. Honda XRE 300: 1.120 casos
  8. Yamaha XTZ 250 Lander: 1.119 casos
  9. Honda NXR 160 Bros: 694 casos
  10. Yamaha MT-03: 679 casos

*Com informações de Ituran e Estadão.