Comparação de custos entre carros elétricos, híbridos e a combustão

A decisão entre os diferentes tipos de veículos depende do uso pretendido e das condições financeiras de cada consumidor. Com avanços tecnológicos e novas políticas de incentivo, a tendência é que os elétricos se tornem mais acessíveis, ampliando sua participação no mercado automotivo.
Publicado por Alan Correa em Notícias dia 25/02/2025

Ao comparar os custos entre carros a combustão, híbridos e elétricos, é necessário considerar mais do que apenas o preço inicial de aquisição. O valor total de propriedade de um veículo envolve diversos fatores, como consumo de combustível ou energia, manutenção, seguros e tributos. Cada uma dessas categorias tem impacto direto na economia ao longo do tempo e pode fazer diferença na escolha do consumidor.

Os veículos elétricos apresentam vantagens operacionais significativas, mas o custo de aquisição inicial ainda é um fator que pesa na decisão. Já os híbridos surgem como uma alternativa intermediária, combinando motores elétricos e a combustão para melhorar a eficiência sem abandonar a infraestrutura tradicional. Os modelos a combustão continuam sendo os mais acessíveis na compra, mas tendem a gerar mais gastos no longo prazo.

O custo de um carro vai além do preço de compra. Combustível, manutenção, seguros e impostos afetam o orçamento a longo prazo. Comparar modelos ajuda a escolher a opção mais econômica - Imagem gerada por IA.
O custo de um carro vai além do preço de compra. Combustível, manutenção, seguros e impostos afetam o orçamento a longo prazo. Comparar modelos ajuda a escolher a opção mais econômica – Imagem gerada por IA.

Para entender melhor essa comparação, é importante analisar o custo total de propriedade, que leva em conta todos os gastos envolvidos ao longo da vida útil do veículo. Desde a aquisição até os custos de rodagem, cada categoria tem características distintas que influenciam diretamente o bolso do motorista.

Custo inicial de aquisição

O preço de compra é um dos primeiros fatores considerados ao escolher um veículo. No Brasil, os carros elétricos ainda possuem um valor inicial elevado, podendo custar entre 1,5 e 2 vezes mais do que um modelo equivalente a combustão. Essa diferença se deve, principalmente, ao preço das baterias, que podem representar até 60% do valor total do veículo.

Os híbridos possuem um custo inicial inferior ao dos elétricos, mas ainda são mais caros que os modelos convencionais. O valor varia conforme a tecnologia utilizada, sendo que os híbridos plug-in possuem baterias maiores e, consequentemente, um preço mais alto.

Já os veículos a combustão continuam sendo os mais acessíveis no momento da compra. Com uma grande variedade de modelos no mercado, os preços variam conforme o porte e os equipamentos oferecidos. Contudo, o custo inicial mais baixo pode ser compensado por gastos operacionais ao longo do tempo.

Despesas operacionais

Os custos de rodagem e manutenção também fazem parte da análise. Os veículos elétricos oferecem uma economia significativa devido à sua eficiência energética. Enquanto um carro a combustão tem um rendimento de aproximadamente 40%, um elétrico pode alcançar até 90%.

A diferença no custo por quilômetro rodado é considerável. Em média, um carro elétrico consome cerca de 150 kWh por mês, o que gera um gasto entre R$ 90 e R$ 150, dependendo do valor da tarifa de energia. Já um veículo a combustão que faz 10 km/l pode gerar um custo de aproximadamente R$ 600 mensais apenas em combustível.

Os híbridos, por sua vez, combinam ambas as tecnologias. Na cidade, onde a bateria é mais utilizada, a economia pode chegar a 30% em relação a um modelo apenas a combustão. No entanto, como o motor a combustão continua sendo utilizado, os custos de abastecimento ainda são relevantes.

Manutenção e seguros

Os custos de manutenção também variam entre os modelos. Os carros elétricos possuem menos componentes mecânicos e dispensam sistemas como escapamento, câmbio e troca de óleo. Isso reduz a necessidade de manutenção em até 50% quando comparado a um veículo convencional.

Nos híbridos, a situação muda, pois eles possuem tanto motor a combustão quanto elétrico. Assim, os custos de manutenção se assemelham aos dos veículos convencionais, já que exigem cuidados com ambos os sistemas.

O seguro dos veículos elétricos tende a ser mais caro devido ao alto custo das baterias. Como esse é um dos itens mais caros do veículo, qualquer dano pode gerar um impacto financeiro significativo. Já os híbridos e modelos a combustão apresentam seguros mais acessíveis, dependendo do perfil do motorista e do modelo do carro.

Incentivos fiscais e subsídios

Alguns estados oferecem incentivos para a compra de veículos elétricos, o que pode reduzir os custos de propriedade. A isenção do IPVA é um dos principais benefícios, já que pode representar uma economia significativa ao longo dos anos.

Além disso, políticas públicas voltadas à eletromobilidade incluem subsídios para a instalação de infraestrutura de recarga e financiamentos com juros reduzidos para aquisição de modelos eletrificados. Esses fatores podem influenciar na viabilidade econômica do carro elétrico.

No caso dos híbridos, os incentivos são mais limitados. Como ainda utilizam motores a combustão, muitos estados não oferecem os mesmos benefícios concedidos aos elétricos. Já os carros a combustão não contam com incentivos fiscais, podendo até sofrer com aumento de impostos conforme políticas ambientais avançam.

Quem se beneficia mais com cada modelo?

A escolha entre um veículo a combustão, híbrido ou elétrico depende do perfil de uso. Os elétricos são mais vantajosos para quem percorre grandes distâncias diariamente ou opera frotas comerciais, já que o custo operacional reduzido compensa o investimento inicial ao longo do tempo.

Os híbridos são indicados para quem deseja economia no consumo de combustível sem precisar depender exclusivamente da infraestrutura de recarga elétrica. São uma opção intermediária para quem transita tanto na cidade quanto em rodovias.

Os carros a combustão continuam sendo uma alternativa para quem busca menor custo inicial e não pretende rodar muitos quilômetros anualmente. Apesar dos gastos com combustível e manutenção, ainda são amplamente disponíveis no mercado e possuem uma rede de abastecimento consolidada.

Fonte: Motor1 e Mobilidade.